Médicos de cooperativa paralisam cirurgias realizadas pelo SUS em hospitais particulares do RN por atraso de pagamento
Serviços estão paralisados por tempo indeterminado desde às 7h desta quarta-feira (22). Segundo Coopmed, governo do RN atrasou pagamento de aproximadamente R...
Serviços estão paralisados por tempo indeterminado desde às 7h desta quarta-feira (22). Segundo Coopmed, governo do RN atrasou pagamento de aproximadamente R$ 4 milhões. Hospital Rio Grande, em Natal (Arquivo) Sérgio Henrique Santos/Inter TV Cabugi Médicos ligados à cooperativa Coopmed-RN paralisaram a realização de cirurgias de alta e média complexidade pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em seis hospitais particulares de Natal, na manhã desta quarta-feira (22). Segundo a entidade, a paralisação por tempo indeterminado envolve aproximadamente 160 profissionais que atuam em cirurgias cardíacas, pediátricas, oncológicas, ortopédicas e hemodinâmica. Esses especialistas realizam, em média, 3.700 procedimentos por mês. O motivo da paralisação foi o atraso no pagamento de aproximadamente R$ 4 milhões, por parte do governo do Rio Grande do Norte. Segundo a cooperativa, o valor é pago mensalmente no dia 30. Ainda de acordo com a entidade, o governo havia combinado de adiar o pagamento de dezembro para o dia 20 de janeiro, porém não realizou o pagamento nem justificou o atraso. Os serviços estão afetados desde às 7h nos hospitais Liga Contra o Câncer, Rio Grande, Paulo Gurgel, Memorial, Hospital do Coração e Varela Santiago. Procurado pelo g1, o governo estadual informou que reconhece a dívida existente com a Cooperativa dos Médicos e "reafirma seu compromisso com a regularização dessa situação a partir do dia 10 de fevereiro". "O governo está adotando todas as medidas cabíveis e urgentes para enfrentar essa situação e reverter o cenário o mais rápido possível. Ainda hoje, a Sefaz e a Sesap estarão reunidas com a Coopmed com o objetivo de garantir a continuidade dos serviços essenciais e o cumprimento dos compromissos assumidos", informou em nota. Segundo o governo, o estado enfrenta "sérias dificuldades financeiras" decorrentes da queda na arrecadação do ICMS em 2024, e das leis 192 e 194 de 2022. "O efeito do reajuste da alíquota modal em 20% (do ICMS), aprovado para 2025, só acontecerá a partir de abril, quando a gestão iniciará gradativamente o reequilíbrio das contas públicas", disse o governo. Em nota, a Liga Contra o Câncer informou que suspendeu a realização de novos agendamentos de procedimentos nesta quarta (22). O Hospital Rio Grande informou que os pacientes já internados, oriundos do SUS, estão com o seu atendimento normalizado. Mas a unidade não deve receber novos pacientes a partir da quinta (23). Veja os vídeos mais assistidos no g1 RN